quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Meu pior inimigo


Sinto no peito meu um vazio
Tudo tão tangível e tudo tão inalcançável!
Lágrimas me embebem os olhos
Num dia calmo de verão.

Sofro por que, sofro por quem
Se não por mim mesmo e minhas incontáveis falhas?
Porém sofro e não posso conter.

A tristeza toma-me, em corpo e alma
Passa por minha gargante e estômago
Como uma bebida amarga e necessária
Cultivo a dor e a ela me apego.
E ela me consome.

E quando sozinho me afogo em mim mesmo
E nado contra a corrente tentando me livrar de mim
Meus pensamentos tecem uma longa teia
Como uma aranha ao abater sua vítima
E a vítima sou eu.

Nos meus sonos tenho sonhos perturbados
Evito dormir
Deito e durmo de forma consciente
Olhos abertos, cabeça vazia, coração inquieto.

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